terça-feira, 17 de abril de 2012

Quanto mais eu amo, menos do amor eu sei.
Quanto mais ao amor me entrego, menos dele eu tenho.
E nessa coisa de saber e ter, dele acabo sempre refém.

Clélia Reino SM - Abril/2012
imagem by: Google

sábado, 14 de abril de 2012


Nunca gostei de sonos diurnos e sempre preferi ficar desperta nas madrugadas. É o momento em que posso ouvir o som do silencio que durante o dia o eco dos motores de carros, buzinas, vozes e passos me impedem ouvi-lo. Prefiro o eco do barulho da natureza...onde o grilo trina em notas imediatas, a coruja pia...as folhas se movimentam e seu barulho é como som de um passo de dança abraçada ao vento que entoa o canto.
Gosto do movimento da madrugada, que parece cadenciados nos passos dos transeuntes, gosto dessa coisa de a vida acontecer devagar, sem pressa e sem hora pra acabar, das alegrias do simples, do espetáculo que acontece sem holofotes no encontro entre amigos... dos aplausos, das musicas, da dança...da alegria simples de quem se permite viver...rir e chorar...
Gosto da madrugada, da vida que nasce de um parto dorido, sofrido, mas que é acolhida nos braços da mãe que em contraste entre a alegria e a dor, chora e sorri...e chorando sorri todo seu amor.
Gosto, gosto sim...gosto da vida que acontece sem hora marcada tambem na madrugada, e  que exatamente por ser madrugada parece que não passa, tudo é mais intenso... e mais lento...a hora parece até que se arrasta..nem ela quer passar...quer ficar ali...parada...vi-vendo a madrugada se deixar passar.
Gosto...gosto do namoro na madrugada, quando chega tímido, despretensioso e preguiçoso, mas sedento de abraços, ávidos por beijos, com olhares pidões e corpos exigentes. De mãos que se buscam, das palavras mudas que tudo se falam, do silencio dentro dos quartos  pelos barulhos e ritmos do amor que se faz em gemidos e sussurros, da respiração ofegante que se finda no êxtase de um profundo orgasmo compartilhado.
Gosto do vazio que a madrugada sempre nos traz tão cheio de lembranças. Esse vazio que nunca nos deixa esvaziar a Alma ou o coração. Vazios que em contrastes  sempre vem acompanhados de muita alegria e tristezas... risos e lágrimas... chegadas e partidas... misto de vida e morte que ao mesmo tempo que nos remete ao passado nos localiza num presente desconhecido porque difere as vezes do futuro outrora sonhado. E que assim no faz recriar sonhos, reinventar históras, reescrever enredos, recolorir telas, reaprender a aprender  viver.
Gosto desse vazio que me enche de saudade das pessoas que amo e que mesmo distante se encontram aqui tão junto a mim. Gosto da companhia das lembranças que só a solidão da madrugada me permite desfrutar, quando assim..ao som do silencio recordo o som da voz do filho me pedindo colo quando a chuva batendo na sua janela o despertava  assustado...gosto do som do silencio que ecoa no lembrança dos passos do filho chegando em casa de madrugada querendo não fazer barulho pra não me acordar e passava esbarrando em móveis, deixando cair chaves ou mesmo o barulho do girar da maçaneta da porta que cuidadosamente abrir sem saber que eu estava ali, sentada na sala esperando por ele...rs...
Gosto enfim...ao final da madrugada, pela fresta da minha janela,  assistir a despedida da Lua e receber os primeiros raios do Sol se infiltrando no dia, ouvir o passaro gorjeando nos chamando pra levantar, o sino da Igreja nos lembrando da Presença de Deus outro dia nas nossas vidas, a rotina despertando... e o barulho do recomeçar de um novo dia.
Porque é assim que soam aos meus ouvidos os barulhos dos dias e os sons das madrugadas.
Porque é assim que eu vivo o tempo do dia e os momentos das noites.
Porque é assim que eu sou...nem boemia, nem exentrica...talvez e apenas diferente demais!

O dia nos cobra fortes, decididos, vencedores, orgulhosos... A noite nos acolhe frágeis, indecisos, derrotados, frustrados.
Mas é ela também, a madrugada que nos devolve ao dia, encorajados e fortalecidos. É no silencio da noite que as inspirações surgem, que as ideias (re)nascem e nos faz sentir vontade de viver e fazer valer a vida que às vezes, se faz sobrevivida, na rotina do dia a dia.



Clélia Reino SM - Abril/2011
imagem by: Google

O que podemos e o que não podemos ser capazes 
quando nos entregamos ao Amor...?
O que ganhamos e o que perdemos quando fazemos escolhas por Amor...?
O que nos faz forte e o que nos fragiliza quando nossa causa é o Amor...?

Eu não sei... desconheço as regras e não decifro o Amor.
Mas igualmente não me reconheço humana sem Amor
e não me decifro gente sem paixão.
Amor eu só sei sentir...
E só me sentindo apaixonada eu o sei viver.

Clélia Reino SM - Abril/2012
imagem by: Google

Não errei quando me busquei perfeita  para viver o Amor.
Errei quando buscando a perfeição,
não deixei antes que amassem
 em mim,a mulher 
imperfeita que 
ainda
sou.
Clélia Reino SM - Ab/2011
imagem by: Google

terça-feira, 10 de abril de 2012


"Não é o frio lá fora que corta...
É a saudade que aqui
dentro do peito dilacera"

Clélia Reino SM
Ab/ 2012
imagem by: Google

Sabe quando as suas atitudes já não importam mais...
Sabe quando a sua presença já não é  mais notada...
Sabe quando as suas palavras já não dizem mais...
Sabe quando você  se sente indesejado...
Sabe quando qualquer coisa te substitui...
Sabe quando o seu telefone fica mudo...
Sabe quando do outro lado ninguém mais atende...
Então...que nome tem isso?

Eu não sei não... mas acho que pode carinhosamente
ser chamado  Desamor.

Clélia Reino SM
Ab/2012
imagem by: Google

segunda-feira, 9 de abril de 2012


Eu não tenho medo de viver.
E  vivo intensamente a vida
que me proponho viver...mas confesso...
Ser feliz é da minha natureza, mas estar feliz assim,
como estou agora me assusta...
Porque existe um diferença..ainda que sutil,
entre o ser e o estar...
e o estar é que me assusta...
porque na maioria das vezes
eu não sei porque estou feliz!

Clélia Reino SM
Abril/2012
imagem by: Google


sábado, 7 de abril de 2012

“Se um dia voce resolver partir,
Me ensine antes, como é amar e não ser correspondida...
Me ensine antes como são os sonhos em preto e branco...
Me ensine antes, como é olhar para os lados e não encontrar voce...
Me ensine antes, como é olhar para frente e não enxergar o horizonte,
olhar para traz e não encontrar o próprio norte...
Me ensine de forma que eu entenda, como é que se caminha
 um caminho sem ser na sua direção...
Me ensine também, como é um arco iris sem cor
Como serão as noites sem estrelas e o céu sem a lua...
Me ensine como é o verão sem chuva..e o sol sem calor.
Me fale de que serão revestidas as ruas, sem o tapete das folhas no outono...
Me ensine também meu amor...quais serão as cores dos ipês  em fins de inverno
e como será a primavera sem as suas multicoloridas flores...
Me ensine antes, como será sorrir sem ter a sua alegria...
Como são os abraços sem os seus braços...
Me ensine o gosto que tem os beijos sem o doce mel dos beijos seus
Me ensine como beija a minha boca se não beijar a sua
Como é um prazer sem o seu desejo...
Um tesão sem o seu orgasmo...
Um orgasmo sem o seu amor...
Me ensine meu amor... me ensine tudo
Mas por favor, não deixe de me ensinar antes,
a viver sem voce,
sobrevivendo sem seu amor”

Clélia Reino SM - Abril -2012
imagem by: Google

domingo, 1 de abril de 2012

Your Love Dulce Pontes & Ennio Morricone tradução






Era apenas uma madrugada...que parecia ser como todas as outras.
Mas voce a fez diferente...E quando o sol chegou, entrando suave através da cortina,
foi que me dei conta, eu estava viva...
E se tudo o que em mim voce ressuscitou não é amor,
o que será então o amor, se não isso que sinto aqui dentro do meu peito
e vislumbro a cada vez que te olho nos olhos?

Clélia Reino SM - Abril-2012