domingo, 12 de julho de 2009


Não sei o que você pensa quando pensa em mim.
Não sei o que de fato sente do que por mim você sente.
A distância é muita, o vazio de você aqui comigo é maior
E assim, sem te olhar ou sentir vivo uma saudade sem fim.

Quero dizer-te do quanto te quero, quero dar-te meu amor
Quero você comigo, quero você pra mim.
Espero-te e te esperarei o tempo que necessário for.
Pra tê-lo ao menos uma vez junto a mim

Amo-te muito, te amo tanto, te amo sempre.
Busco, traço, rabisco, mas cadê a palavra
Que te dirá na exatidão o que sinto agora
Nada...nenhuma encontro pra te falar do meu amor.

Nada mais ouço... nada mais falo
Ressôo o eco da minha voz gritando você
Sou o retumbar do meu coração
Que pulsa na velocidade do meu te querer

Minhas mãos te buscam nas digitais das suas
Agora tatuadas no meu corpo
Quando suas mãos passearam nas minhas curvas
Buscando o perfeito encaixe no seu dorso.

O gosto salgado do seu suor, ainda sinto na minha boca
Como numa última gota de amor,feito as sobras do prazer
Quando você me deixou insana e louca
Me fazendo amor até o amanhecer

E quando por fim seu corpo extenuado
Se entregou rendido em meus braços
Adormecemos após o gozo dos amados
Repousando no sono dos amantes.

Clélia Reino – 12/07/09

sábado, 11 de julho de 2009


Eis que surge de repente, assim na contra mão da razão
Jogou seu charme de homem, bradou sua voz de senhor
Assim num repente na minha madrugada se fez clarão
Por sob o véu das palavras, escondias o insano amor

Eu que tinha meu coração trancado e as chaves jogado fora
Não percebi as gotas da sedução me inebriando de paixão
Sem pensar que um dia pudesses tu ir embora
Entreguei-me toda, de corpo, alma e coração.

Exploramos nossos corpos como animal faminto
Atravessamos horas...noites...dias
Brincando com nossos pudores, como perdidos em labirinto
Numa festa de prazeres em total orgia.

Revezando comando e obediência
Libidinosa tomava-te o cetro, servindo-te meu senhor
Hora te apertando entre os dedos, extraindo de sua essencia
Outras deslizava minha língua, chupando do seu licor

Ávidos e insaciáveis, tomava agora você o comando
Caprichosa exigia que me explorasse
Tal qual o desbravador invadindo mata adentro
Invadia-me até que de prazer me rendesse.

Não sei quanto tempo durou
Não sei o quanto você me amou
Sei apenas que agora sozinha na minha cama
Vivo dos sonhos e lembranças que do meu prazer você gozou

Clélia Reino – 09/Julho/2009

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Soavam os sons do violino, flautim e piano Gorjeavam os pássaros como som de flauta doce A desfazerem por acaso algum engano De existir amizade entre eu e você. E em festa corações se reencontram As cores no céu se multiplicam na forma do arco Iris Almas que na multidão se tocam e buscam Desejos, sonhos e afins... Como se raios do sol fossem Braços se alongam tentando alcançar Em abraços que acolhem e aquecem Alguém ali distante de uma forma tão singular. Como fazem os anjos e querubins Cuidando dos seus tutelados Tu cuidas com carinho de mim Te envio carinhos daqui desse lado. E assim por consagração divina Já não é mais saudade Nem tão pouco nostalgia Mas o renascer de sublime amizade. Clélia Reino – 06/07/09 – 00:03h’