domingo, 17 de maio de 2009


Me deixe te tocar com as minhas mãos
Acariciar teu cabelo, desenhar teu rosto
Deslizar meus dedos na tua boca...
 Me deixe beijar-te com meus lábios
E sentir nos teus o sabor do mel
Beijar-te ei com ternura e prazer...
Me deixe te abraçar, num abraço apertado
Ficar juntinha de você, assim coladinha
Quietinha sem nada dizer...
 Me deixe deitar no teu peito
Ouvir o pulsar do teu coração
Me deixe ficar assim por algum instante...
 Me deixe descer minhas mãos pelo teu pescoço
Brincar acariciando os pelos do teu peito
Sentir tua pele arrepiada e quente...
 Me deixe chegar devagar vencendo minha timidez
Descobrir o que te excita e te enlouquece
Me deixe inebriada de ti, me faça perder a sensatez...
 Me deixe despir-me de todo pudor
E te entregar o que trago guardado
Nos meus anseios e desejos de mulher...
 Me deixe me fazer tua, como nunca fui para outro
Te sentir entre minhas pernas
Te sentir invadindo-me como desbravador...
Me deixe...
Me deixe gozar do teu gozo jorrando em mim teu amor.
 Clélia Reino – 16/05/09 – 23:35’

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Alinhar ao centroO que dói é saber que sem olhar-te nos olhos
a incerteza será a única certeza que terei por companhia.
O que dói é a ausência da tua presença
Que seguirá ao meu lado por onde eu for.
O que dói é o vazio preenchido pela saudade eterna
Alimentada pela tua lembrança que jamais será esquecida.
O que dói é saber-me esquecida na gaveta do tempo.
É encontrar-me já amarelada nas páginas envelhecidas
De uma história não vivida.
O que dói é chorar sem lágrima, quietinha, lá no fundo do coração.
O que dói é o som contínuo da sua voz que já não me fala.
É saber que sem nunca te olhar nos olhos
O quanto de mim teu olhar desvendou.
Dói...dói muito.
Dói nas lágrimas que morrem em meus lábios secos
Pelos beijos seus que eu nunca beijei.

Clélia reino - 09/05/09