sábado, 11 de julho de 2009


Eis que surge de repente, assim na contra mão da razão
Jogou seu charme de homem, bradou sua voz de senhor
Assim num repente na minha madrugada se fez clarão
Por sob o véu das palavras, escondias o insano amor

Eu que tinha meu coração trancado e as chaves jogado fora
Não percebi as gotas da sedução me inebriando de paixão
Sem pensar que um dia pudesses tu ir embora
Entreguei-me toda, de corpo, alma e coração.

Exploramos nossos corpos como animal faminto
Atravessamos horas...noites...dias
Brincando com nossos pudores, como perdidos em labirinto
Numa festa de prazeres em total orgia.

Revezando comando e obediência
Libidinosa tomava-te o cetro, servindo-te meu senhor
Hora te apertando entre os dedos, extraindo de sua essencia
Outras deslizava minha língua, chupando do seu licor

Ávidos e insaciáveis, tomava agora você o comando
Caprichosa exigia que me explorasse
Tal qual o desbravador invadindo mata adentro
Invadia-me até que de prazer me rendesse.

Não sei quanto tempo durou
Não sei o quanto você me amou
Sei apenas que agora sozinha na minha cama
Vivo dos sonhos e lembranças que do meu prazer você gozou

Clélia Reino – 09/Julho/2009

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