segunda-feira, 14 de maio de 2012

Já era fim de tarde quando eu ali cheguei
O sol já estava se despedindo e a sua luz
Tecia no horizonte uma linda cortina dourada.
Fiquei ali, parada, olhando-o...
como se pela ultima vez eu o veria.

Eu estava ali diante dele, e ele se abria em largos e longos braços
Me convidando a mergulhar nos seus mistérios
Havia em mim uma mistura de medo e desejo
Mas eu queria viver aquela emoção e me deixei em seus mistérios mergulhar.

Enquanto me deixava levar pelo seu jeito de me ensinar a nadar
A emoção tomava conta de mim, e mais e mais aquela emoção
Eu queria vivenciar e ele me recebia como se eu fora a única
Ali mergulhar...e de emoção chorei, misturando os nossos sais.

Na minha cabeça de repente, como num telão algumas imagens de um passado recente surgiram, me trouxeram alegria e também tristeza
E então os braços que outrora me acolhiam já não me protegiam mais,
O que antes era coragem fazia-se agora medo e dos seus braços me desvencilhei

Afastei-me e fiquei ali observando-o quando sob os últimos raios do sol
A imagem dela surgiu... Achei a principio que fosse ilusão,
Ela era toda majestosa e imponente, ela vinha em minha direção.

Trazia em si a força das paixões e se aproximava ficando cada vez mais próxima
Como que abduzida de mim, com medo e encanto, não recuei...
E por ela esperei...o corpo tremia, não sabia se de frio ou medo.

E quando ela pertinho de mim chegou, como numa rasteira, jogou-me ao chão,
Sem poder esboçar qualquer reação de defesa, ela foi por sobre mim passando,
E enquanto tentava me levantar, vencedora ela, a onda, sem olhar para traz,
Para os braços do mar voltou.

Fiquei ali caida, resignada talvez, enquanto onda e mar indiferentes a mim
Assistiam o sol se deitar.

By:Clélia Reino SM. Maio/2012
imagem by: Google

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