sexta-feira, 11 de novembro de 2011


Eu sento no chão, troco pneu de carro (se for preciso),

 respondo com o dedo do meio se me mostrarem antes

 e falo palavrão quando bato o dedinho
.
Eu rio escandalosamente feliz, gesticulo italianamente
 quando falo

e despudorada e elegante caminho sobre um salto 15.

Te estendo a mão quando chego, te olho nos olhos quando te falo

 mas te dou as costas tranquilamente se me for indiferente.

Meio santa e meio profana amo com paixão, com romance e poesia.

Me entrego, me rendo, me submeto.Me frustro, me quebro, me descompasso...

Caio mas levanto, porque aprendi com os gatos a cair em pé.

Na dança da vida estou aprendendo a dançar.

E em cada dança me descubro sempre capaz de mais amar.

Sou mulher, sou fêmea, sou feminina, depende de como a vida me exige.

Falo baixo, suave ou alto e grave...O outro pode até pedir, eu escolho o tom

 mas é sempre o meu coração que grita.

Como toda mulher madura tenho uma discreta barriguinha, alguns sinais de expressões 

mais acentuados

mas um incrível e intenso brilho no olhar.

Conheço e sou dona das minhas vontades e já posso escolher 

em não fazer sexo para fazer  amor,

em não ficar para ter e estar sozinha sem precisar explicar.

Tenho defeitos aos montes e nunca pensei ser certinha, me basta ser apenas correta.

Não preciso que me mostrem o caminho. Só preciso que me deixem passar!

Clélia Reino _ Nov/2011




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